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Cinco caminhões com oxigênio doado pela Venezuela chegaram na noite desta terça-feira (19), para atender a demanda em Manaus, cidade que atravessa uma grave crise de saúde durante a segunda onda da pandemia de covid-19.
A remessa deve ajudar a aliviar a terrível situação na região, que está experimentando um aumento exponencial de casos de covid-19 com um sistema de saúde colapsado. Desde quinta-feira, dezenas de pessoas morreram sufocadas devido à falta de oxigênio nos centros de saúde, o que levou os moradores à beira do desespero.
Neste momento, a demanda diária de oxigênio no Amazonas gira em torno de 76 mil m³ e as empresas fornecedoras não conseguem produzir mais de 28,2 m³ por dia.
Doação
Ao contrário do que afirmam postagens no Facebook, o governo venezuelano doou o carregamento de 107 mil m3 de oxigênio para Manaus. De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, o carregamento saiu da fábria de Sidor, uma siderúrgica estatal, em Puerto Ordaz. Arreaza confirmou que o envio era uma doação e enfatizou: "não queremos nada em troca".
A doação de oxigênio ocorre apesar de o governo do presidente Jair Bolsonaro não reconhecer o do venezuelano Nicolás Maduro, a quem chama de "ditador".
Maduro disse neste domingo que a situação em Manaus era um "escândalo" e que "a Venezuela estendeu sua mão solidária ao povo amazonense". O presidente brasileiro ironizou o carregamento, mas não o rejeitou.